sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Fast forward

No tempo da minha adolescência, eram os rapazes que associavam narrativa a pornografia. Não todos. Aqueles educados no pudor ou na vergonha das coisas do sexo. No pânico dos adultos. Se tínhamos de falar da nossa “vida sexual”, corávamos e dizíamos: sim, gostamos de pornografia, mas com história. Como se, para o caso de aquilo chegar aos ouvidos dos adultos, deixássemos implícita a indignação: somos por acaso alguns animais, coelhos? Éramos, claro. Ou desejávamos ser. Urgentemente.