sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Nostalgia da prosa inútil

Nos últimos três anos, tirando a inesperada interrupção para escrever e publicar A Origem do Ódio, a minha relação com a escrita tem sido distante ou indiferente. A vida prosaica impôs-se-me, para regozijo da troika, e o tempo não me chegou para muito mais do que fracassar a gerir o equilíbrio entre frustrações e realizações profissionais (como acontece com provavelmente a maioria das pessoas que não ganham o euromilhões nem um lugar de CEO).
Não é esta a única, mas é uma das razões porque se editará em finais de Setembro, não havendo contratempos, o Hotel do Norte, romance que já por aqui foi várias vezes mencionado e que, passe a publicidade, sucederá Os Idiotas e a atrás referida novela.
Talvez ter um novo manuscrito impresso e encadernado seja o estímulo necessário para tentar combater o vício do trabalho e o que ele tem de amanuense. É que, apesar de tudo, sabia melhor varar as noites a tentar compor frases sem qualquer utilidade prática.

1 comentário:

  1. Eu acho que o significado de intelectual também mudou, com o tempo.

    Já não se perde tempo a pensar, para desenvolver ideias, como noutros tempos... tanto à direita como à esquerda.

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